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Médicos cubanos sabiam de plano do Brasil há mais de seis mesesDilma: "Há grande preconceito contra médicos cubanos"Ministério Público abre investigação sobre condições de trabalho de médicos cubanos Médico que fugiu de Cuba diz que colegas são explorados pelo governo do paísJustiça beneficia estrangeiros excluídos do Mais MédicosLiminar altera critério de participação no Mais MédicosMais de 37.000 cubanos e 10.000 estrangeiros estudam medicina em Cuba“Agora é só revisão. Boa parte do conteúdo aprendemos lá”, assegurou o médico Alfredo Rousseaux, que desembarcou semana passada em Brasília para um estágio de três semanas. “Um dos professores daqui conheço de vista, já deu curso lá em Cuba”, completou.
Com domínio razoável de português, Gallardo afirma ter estudado bastante sobre problemas comuns na Região Norte, onde espera atuar. “Devo trabalhar no Amazonas.”
Rousseaux conta que todos estavam convictos de que o desembarque no Brasil seria questão de tempo. “Fui informado sobre a vinda mais ou menos 15 dias antes da viagem.
Disseram que era para deixar tudo pronto.” O acordo entre Brasil e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), organismo internacional encarregado de fazer a triangulação com o governo cubano, contudo, foi formalizado somente na quarta-feira da semana passada. Três dias depois, 400 dos 4 mil médicos desembarcaram no País.
A rapidez no desfecho destoou com o restante do processo. A vinda dos médicos cubanos é cogitada há meses. Só que o primeiro anúncio foi feito em maio, pelo então ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ele afirmara na época que 6 mil profissionais viriam ao Brasil para trabalhar em locais com carência de médicos.
Diante da polêmica criada entre entidades médicas, o formato do programa foi alterado. Quando lançado oficialmente, no início de julho, o Mais Médicos deu preferência para profissionais formados no Brasil. Numa segunda chamada, viriam profissionais formados em outros países. Na época, o governo anunciou que não havia concluído as negociações com governo cubano.
Intercâmbio. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que as aulas de professores brasileiros integram um projeto de intercâmbio com o governo de Cuba. Em troca dos conhecimentos repassados por cubanos sobre atenção básica, os professores brasileiros deram aulas sobre funcionamento do SUS. Já as aulas de português fariam parte da cooperação triangular Haiti-Cuba-Brasil.