Paralelamente ao procedimento cível, na esfera penal também são investigados crimes de tortura e abuso de autoridade com a possibilidade de oferecimento de denúncia contra os PMs.
Segundo a denúncia do MP, o descumprimento aos direitos humanos por parte dos policiais na UPP da Rocinha já tinham sido denunciados no mês de abril à Comissão de Segurança e Privação de Liberdade do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
Oito moradores da Rocinha prestaram depoimentos na quarta-feira e confirmaram as denúncias que já haviam sido encaminhadas ao MPRJ por outros moradores, através da ouvidoria e em outros procedimentos instaurados pela polícia. A maior parte das denúncias revela abusos de autoridade e tortura.
Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais para a sede da UPP da Rocinha. Os veículos da unidade estavam com o GPS desligado na noite em que ocorreu o caso, o que impossibilita que a Polícia Civil possa verificar, agora, se algum dos carros fez um caminho suspeito ou deixou a comunidade. A Polícia já havia informado que, naquela noite, não estavam funcionando duas das câmaras de monitoramento da UPP que poderiam confirmar a versão do comandante da unidade, major PM Édson dos Santos, de que Amarildo deixou o local a pé, descendo as escadas de acesso à Rua Dioneia.