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Estado de Minas

Reconstituição sobre sumiço de Amarildo será feita neste domingo

As principais hipóteses investigadas pela polícia serão o envolvimento de PMs ou de remanescentes do tráfico


postado em 30/08/2013 16:09

A reconstituição dos momentos que antecederam o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, no Rio de Janeiro, será realizada neste domingo. De acordo com a Polícia Civil, as duas principais hipóteses investigadas para esclarecer o sumiço do pedreiro são: envolvimento de PMs ou de remanescentes do tráfico na comunidade.

Nesta quinta-feira, o Ministério Público do Rio (MPRJ) encaminhou representação para que seja analisada uma proposta de ação civil pública contra cinco PMs, entre eles o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos. O documento pede a suspensão do porte, o recolhimento das armas nos nomes dos acusados e seus distintivos e sua eventual expulsão da corporação. O pedido, da promotora Marisa Paiva, diz respeito às ações dos PMs durante a operação "Paz Armada", que resultou no desaparecimento do ajudante de pedreiro, Amarildo de Souza.

Paralelamente ao procedimento cível, na esfera penal também são investigados crimes de tortura e abuso de autoridade com a possibilidade de oferecimento de denúncia contra os PMs.

Segundo a denúncia do MP, o descumprimento aos direitos humanos por parte dos policiais na UPP da Rocinha já tinham sido denunciados no mês de abril à Comissão de Segurança e Privação de Liberdade do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro.

Oito moradores da Rocinha prestaram depoimentos na quarta-feira e confirmaram as denúncias que já haviam sido encaminhadas ao MPRJ por outros moradores, através da ouvidoria e em outros procedimentos instaurados pela polícia. A maior parte das denúncias revela abusos de autoridade e tortura.

Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais para a sede da UPP da Rocinha. Os veículos da unidade estavam com o GPS desligado na noite em que ocorreu o caso, o que impossibilita que a Polícia Civil possa verificar, agora, se algum dos carros fez um caminho suspeito ou deixou a comunidade. A Polícia já havia informado que, naquela noite, não estavam funcionando duas das câmaras de monitoramento da UPP que poderiam confirmar a versão do comandante da unidade, major PM Édson dos Santos, de que Amarildo deixou o local a pé, descendo as escadas de acesso à Rua Dioneia.


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