Antes de oferecer denúncia à Justiça contra os policiais, a promotora vai ouvir mais uma testemunha. Ela ainda vai solicitar que os PMs acusados sejam ouvidos na 15ª DP.
Os outros dois procedimentos foram instaurados na última quarta-feira, após a promotora e o procurador Márcio Mothé, coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ, visitarem a Rocinha e ouvirem os depoimentos de oito moradores.
Em um dos casos, a vítima da tortura supostamente cometida por PMs é um menor de 15 anos. Ele acusou cinco policiais. No segundo caso, uma das sessões de espancamento foi filmada e veiculada numa rede social da internet.
Nas denúncias que serão oferecidas à Justiça, a promotora Marisa Paiva não deve pedir a prisão preventiva dos PMs acusados de tortura, mas apenas que eles sejam suspensos liminarmente das funções, antes mesmo do julgamento dos processos.
A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio vai realizar Neste sábado, 31, a reprodução simulada dos últimos passos de Amarildo, até seu sumiço. Estarão presentes todos os PMs da UPP investigados, além do promotor Homero Freitas, que acompanha o inquérito, e parentes do pedreiro.
Os investigadores vão fotografar todo o trajeto feito por Amarildo, desde que foi levado de sua casa, na rua 2, até a sede da UPP, no Portão Vermelho, na parte alta da favela. Os peritos também vão cronometrar cada movimento, com o objetivo de encontrar possíveis inconsistências nos depoimentos dos investigados.
Oficialmente, a DH considera duas hipóteses: que o crime tenha sido cometido por PMs da UPP ou por traficantes.
O inquérito da DH completou 30 dias nesta sexta-feira. O promotor Homero Freitas esteve na delegacia, onde se reuniu com o delegado Rivaldo Barbosa e deu seu parecer. PMs também estiveram ontem na delegacia para prestar novos depoimentos.