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Liminar altera critério de participação no Mais MédicosPrefeituras da BA negam intenção de substituir médicosMédicos cubanos sabiam de plano do Brasil há mais de seis mesesMais Médicos tem 50% de faltas no primeiro dia em SPFaltas adiam estreia do Mais Médicos em várias partes do paísProfissionais do Mais Médicos começam a trabalhar em 454 municípiosSegundo a advogada Mirtys Fabiany Azevedo Pereira, que representa os profissionais, todos tiveram as inscrições barradas porque se formaram em países em que a proporção de médicos é menor do que a do Brasil (que é de 1,8 por mil habitantes). Pelas regras do programa, o Ministério da Saúde não aceitaria bolsistas com registros profissionais em países com índices menores de médicos por mil habitantes para não prejudicar a saúde nesses locais.
“Esses médicos moram no Brasil e tentam revalidar o diploma para trabalhar aqui já faz algum tempo. Consegui demonstrar para a Justiça que eles não estão saindo desses países só agora e, portanto, não há prejuízo”, explica a advogada.
Desde o início da abertura de inscrições do programa Mais Médicos, Mirtys já entrou com 23 mandados de segurança representando 114 profissionais para garantir o direito de participação no programa. Vinte processos ainda estão em julgamento, alguns em grau de recurso.
“Os juízes estão indeferindo o pedido, alegando que esses médicos precisam fazer a prova do Revalida. Por isso estou recorrendo”, diz a advogada. O Revalida é a prova aplicada a médicos formados no exterior, sejam brasileiros ou estrangeiros, que querem atuar no Brasil - no entanto, ela não será exigida para os profissionais selecionados para o Mais Médicos.
Governo
O Ministério da Saúde informou que vai cumprir as decisões judiciais, mas que pretende recorrer. E adiantou que, até decisão definitiva, esses médicos não poderão atuar.
Todos os demais passarão pelo treinamento com aulas de idioma, estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) e legislação. Quem não tiver competências médicas ou linguísticas poderá ser desligado. Nos três anos do programa, os médicos serão supervisionados por tutores de universidades federais.