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Estado de Minas

Saúde Pública perdeu quase 13 mil leitos desde 2010


postado em 03/09/2013 08:01 / atualizado em 03/09/2013 09:11

A rede pública de saúde perdeu quase 13 mil leitos entre janeiro de 2010 e julho deste ano, aponta levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), com dados do Ministério da Saúde. Enquanto a maioria das capitais apresentou alta, a redução teve mais impacto em regiões metropolitanas ou no interior dos estados - para onde serão deslocados os profissionais do Mais Médicos.

“Colocar mais médicos e oferecer menos leitos é transferir para o profissional a responsabilidade num cenário de caos. Não é desta forma que os problemas da saúde serão corrigidos”, critica Carlos Vital, vice-presidente do CFM.

Segundo o estudo, 14 capitais conseguiram elevar as taxas, como Aracaju (SE) e Cuiabá (MS). Os dados, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Saúde (CNES), incluem leitos de internação (ambulatoriais) e complementares (UTI).

As especialidades mais atingidas com o corte foram a psiquiatria (com perda de 7.449 leitos), a pediatria (5.992), a obstetrícia (3.431) e a cirurgia geral (340). Os Estados do Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução. No Rio de Janeiro, por exemplo, 4.621 leitos foram desativados desde janeiro de 2010. Minas Gerais perdeu 1.443 leitos e São Paulo perdeu 1.315. No Maranhão, o corte chegou a 1.181.

Apenas nove Estados aumentaram o número de leitos no período: Rondônia (629), Rio Grande do Sul (351), Espírito Santo (239), Santa Catarina (205), Mato Grosso (146), Distrito Federal (123), Amapá (93), Roraima (24) e Tocantins (9).

Mais Médicos

Helvécio Magalhães, secretário de Atenção em Saúde do ministério, admite que há uma redução de leitos ambulatoriais, mas afirma que houve um aumento de 63% no número de leitos de UTI, que são mais complexos.

Ainda segundo Magalhães, a queda nos leitos de obstetrícia preocupa, pois o governo tem o programa Rede Cegonha e há maternidades no interior fechando por causa da falta de médicos. Magalhães diz que, por opção do governo, os profissionais do Mais Médicos não vão suprir a carência específica dos hospitais, já que eles atuarão exclusivamente na atenção básica. "Problemas de especialistas serão corrigidos em 2017 com a residência médica universal, outro braço do Mais Médicos."


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