A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (Cemdp) se manifestaram na terça-feira, por meio de nota, a respeito da suspeita de desaparecimento de restos mortais de vítimas da Guerrilha do Araguaia. A nota informa que a SDH e a Cemdp farão, "com o Ministério Público Federal, vistoria na sala-cofre que guarnece os restos mortais objeto de identificação, localizado no Hospital da Universidade de Brasília [UnB]".
O texto considera grave a suspeita de desaparecimento e diz que as instituições estão "solicitando ao Departamento de Polícia Federal que apure o caso e as eventuais responsabilidades, indicando que a investigação seja acompanhada pela Cemdp e por familiares de desaparecidos no Araguaia".
Na segunda-feira (2), O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, classificou como "inaceitável" a suspeita de desaparecimento dos restos mortais. Desde 2009, os ossos se encontravam na UnB, mas antes passaram por vários órgãos federais em Brasília. O desaparecimento foi constatado em relatório do Instituto Nacional de Criminalística, de novembro de 2012, que fez um inventário das 25 ossadas que estão Brasília à espera de exames de DNA.