Ela comentou que o programa primeiro dá oportunidade aos brasileiros, mas afirmou que o governo federal fará o "possível e o impossível" para garantir a permanência de médicos em municípios que não possuem profissionais nos postos de saúde e na atenção básica. "Nós traremos médicos formados fora do Brasil para trabalhar na atenção básica, nos postos de saúde", disse.
Dilma afirmou ainda que há 701 municípios onde não mora nenhum médico. "Nós, com isso, estamos querendo fazer uma coisa importante, que é resolver um problema de caráter emergencial e urgente, porque a saúde das pessoas não pode esperar até que os médicos se formem."
Ela ressaltou que, paralelamente, a formação de médicos dentro do Brasil será ampliada, "assegurando que sejam formados em regiões do interior do País e nas periferias das grandes cidades". "Geralmente o médico fica onde ele se forma ou onde faz sua residência, vamos ampliar também o número de médicos especialistas", afirmou.
"Estamos fazendo algo que é diferente do resto do mundo? Não estamos", disse a presidente. Ela ressaltou que nos Estados Unidos cerca de 25% dos médicos se formaram fora do país, no Canadá o porcentual chega a 30%. "Aqui no Brasil, 1,78%. Não existe justificativa para esse número", completou.
Ela afirmou que o governo quer também que o Brasil melhore a infraestrutura de atendimento e os hospitais, com mais recursos. "Por isso o governo federal apoiou a destinação de 25% dos royalties (de petróleo) para a saúde", comentou.
A presidente disse que o governo defende o programa Mais Médicos, porque ele representa melhora na vida das pessoas. "Sabe onde falta médico? Em Ipanema não falta, não, nem no Leblon, agora aqui falta", finalizou a presidente, que estava em São Gonçalo.