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Início do trabalho de médicos estrangeiros é adiadoProfessores da USP entram em greve após constatação de gás metano no campusFlorianópolis suspende decreto para evitar exclusão do Mais MédicosInvestigados, presidente e diretor da Fundação Banco do Brasil pedem aposentadoriaDe acordo com o Instituto Vital Brasil, responsável pelo Programa Farmácia Popular do Estado do Rio de Janeiro, a distribuição das fraldas sofreu “retração por parte de seu fornecedor, devido a uma quebra de contrato do fabricante”. O diretor administrativo do instituto, Paulo Bravo, explica que a fabricação das fraldas foi prejudicada pela alta do dólar, já que os dois principais insumos usados - o flocgel e a celulose - são importados.
“O flocgel é feito do petróleo, mas a gente ainda não consegue fabricar, e a celulose de fibra mais longa, usada na fralda, também não é fabricada no Brasil. Quando o dólar dispara, o importador fica segurando a importação, para não repassar para o mercado. Ele fica esperando a moeda estabilizar para fazer a cotação dele. E, com isso, a gente sofre, porque a gente compra uma quantidade muito grande de fralda”.
Sobre os medicamentos em falta, o instituto informa que a compra está em processo de licitação, mas que tem encontrado dificuldades em conseguir os três orçamentos exigidos pela lei, e por isso o pregão ainda não foi feito. “É muito difícil trabalhar assim, quando vê que a quantidade é muito grande, o volume é muito grande, ninguém quer expor seu preço. É falta de interesse dos fornecedores”, diz Bravo.
Para ele, pode haver manipulação das empresas para que haja dispensa de licitação. “A prática de mercado é essa. Quando é um outro bem, que é fácil colocar no mercado, a gente consegue cotar, mas quando começa a pedir preço para fazer cotação dos medicamentos, ele sabe que não vai vender fácil, ele recebe e diz que não tem disponibilidade. Mas se você disser que é para compra direta, ele te fornece o preço todo”.
O diretor informa que está sendo feita uma compra emergencial para uma quantidade reduzida de 22 medicamentos, entre eles a ranitidina, amoxicilina (antibiótico), o ácido fólico (vitamina B9, suplemento recomendado para grávidas, por ser necessário à formação de proteínas estruturais e hemoglobina) e o aciclovir (antiviral para o tratamento de herpes). O processo deve ser fechado hoje e os produtos estarão disponíveis a partir da semana que vem, segundo o diretor.
Quanto às fraldas, Bravo diz que o fornecedor se comprometeu a entregar o produto também na semana que vem. O Programa Farmácia Popular do Estado do Rio de Janeiro atende a idosos e pessoas com deficiência e tem 60 mil usuários cadastrados. São oferecidos nas 19 unidades da rede, a preços subsidiados, 52 medicamentos e dois tamanhos de fralda geriátrica.