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Sancionado projeto que zera PIS/Pasep em transportePEC prevê cobrança de IPVA sobre aviões e lanchas para aplicação em transporte públicoMãe acusada de matar filhas continua internadaMuitos dos novos donos de carros têm migrado do transporte público paulistano, como a supervisora administrativa Carla Quirino, de 34 anos, que mora em Itaquera, na zona leste. Para ir trabalhar em Pinheiros, na zona oeste, passou a utilizar um automóvel. Às terças-feiras, porém, o carro não pode circular nos horários de pico, por causa do rodízio. Então, ela usa ônibus e metrô. “É o pior dia da semana, com muita demora e cansaço. Mas a situação vai mudar. Queremos um outro carro para usar nesse dia.” De carro, ela vence o percurso em uma hora. Quando usa ônibus e metrô, leva até duas horas e meia.
Seu marido, o gráfico Paulo Roberto Sousa Santos, de 37 anos, abandonou o ônibus há uma década. “Apesar desse plano recente de faixas, a situação ainda não melhorou para os ônibus. O metrô também é ruim. Às vezes, minha esposa chega a demorar 40 minutos só para conseguir entrar na estação.”
O consultor em transportes Horácio Figueira diz que a cidade vive uma fase de transição. O primeiro passo foi dado com a implantação das faixas. Agora, é preciso proporcionar um transporte mais confortável, aumentando a frota e reduzindo a lotação dos coletivos. “É uma questão de degustação. Tem gente que andou de carro a vida inteira e experimentará o ônibus agora.”
Saída
Figueira afirma que, diante dos congestionamentos da cidade e do tempo necessário para a construção de linhas de metrô, a criação de um bom sistema de ônibus é a saída mais eficiente para a São Paulo.
De acordo com ele, em uma faixa de ônibus passam 4 mil pessoas por hora, contra mil em uma de carros. “Em uma via com três faixas, se você separar uma para ônibus, a circulação passará de 3 mil para 6 mil pessoas por hora.” No caso de um corredor de ônibus à esquerda, com espaço para ultrapassagem, o número de passageiros por hora pode chega a 10 mil.