Em resposta às acusações da Advocacia Geral da União de que os conselhos regionais de medicina estariam criando barreiras para registrar os profissionais do programa Mais Médicos, o presidente do Conselho Federal de Medicina, Luiz Roberto D'Ávila, afirmou nesta terça-feira que é o governo quem atrasa e dificulta a implantação do projeto ao se negar a dar as seguintes informações: a unidade de saúde, o nome do tutor e do supervisor e a universidade à qual cada médico do programa estará vinculado."É a própria medida provisória editada pelo governo para criar o Mais Médicos que nos colocou na função de fiscalizar. Ora, como vou fiscalizar sem essas informações?", questionou. D´Ávila destacou o risco de parte dos diplomas que estão sendo entregues aos conselhos regionais de medicina do país serem falsos. Segundo ele, há documentações precárias, como diplomas em árabe e russo sem selo consular - como manda a lei -, e traduções feitas à mão sem qualquer carimbo ou nome de responsável.