Esta não foi a primeira vez que o casal carioca preso em Jaboatão dos Guararapes, por suspeita de tentar vender a filha de dois anos, tentou aplicar um golpe contra possíveis compradores da criança. A informação foi prestada na manhã desta quarta-feira pela filha mais velha do suspeito, em depoimento à Gerência de Proteção a Criança e ao Adolescente (GPCA).
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Casal queria vender filha por R$ 1,5 mil à vista, dez parcelas de R$ 200 e um notebookCasal de estudantes da USP é preso em Sertãozinho-SP, por tráfico de drogasFamília morta em Ferraz é velada na Grande São PauloVenda de bebês pelas redes sociais expõe impunidade na internetA outra filha do casal, de quatro anos de idade, também foi ouvida e será recolhida pelo Conselho Tutelar para um abrigo em Jaboatão dos Guararapes onde está a irmã mais nova, de dois anos.
Desde o final da tarde de terça-feira, o pai e a mãe estão presos, sendo que o homem está detido no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) e a mulher na Colônia Penal Feminina. Mais cedo, eles haviam sido levados para a Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) do Recife, onde tiveram fiança arbitrada em R$ 15 mil para cada, mas como não pagaram a quantia, foram encaminhados para a cadeia.
Ambos foram autuados em flagrante por entrega de filho a terceiro mediante pagamento ou recompensa, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Eles podem pegar um pena de até quatro anos de reclusão.
Em depoimento, o homem disse que pretendia dar um golpe e não entregar a menina. A entrega seria feita na Estação do Metrô de Jaboatão, na Região Metropolitana do Recife (RMR) . A negociação foi feita por meio do Facebook com uma mulher de Campina Grande (PB), que resolveu denunciar o caso à Polícia Civil de Pernambuco e ao Ministério Público da Paraíba.
De acordo com o delegado, Geraldo da Costa, que apura o caso, o suspeito era foragido do regime semiaberto do estado do Rio de Janeiro. Ele assumiu ter feito um perfil falso na rede social e insistiu que fez tudo sozinho, motivado pela situação financeira precária da família. A crainça teria sido negociada por R$1,5 mil, um notebook e dez parcelas de R$ 200. A mãe da menina alegou que não teria condições de trabalhar e ficar com a criança ao mesmo tempo, mas teria entrado em contradição durante o depoimento.