O médico de família precisa de suas mãos e sua cabeça para trabalhar. As outras coisas são complementares. A opinião é da médica espanhola Amaia Foces, que tem especialidade em medicina da família e comunitária, e experiência de mais de 12 anos no Reino Unido. Apesar de reconhecer as dificuldades enfrentadas por muitos municípios, ela rebate as críticas ao Programa Mais Médicos, segundo as quais falta estrutura nas cidades escolhidas pelo Ministério da Saúde.
Amaia faz parte do grupo de 12 médicos, com diploma no exterior, que vai atuar no estado do Rio. Após as quatro semanas de curso, os profissionais passaram por mais uma semana de ambientação para conhecer os equipamentos da rede estadual. A superintendente de Atenção Básica da Secretaria de Estado de Saúde, Andrea Mello, explica que, desde segunda-feira, os médicos assistem a palestras e fazem visitas às unidades.
A visita desta quinta-feira foi ao Centro de Diagnóstico por Imagem. Na próxima segunda-feira, os profissionais chegam aos municípios, onde passam por nova ambientação e começam a atender a população. No Rio de Janeiro, 69 municípios aderiram ao programa, solicitando 506 médicos. Na primeira etapa, foram 72 médicos alocados em 29 municípios, entre eles 12 estrangeiros.