O atraso no registro profissional dos integrantes do programa Mais Médicos vai custar aos cofres públicos pelo menos R$ 2,297 milhões. Esse é o valor do salário dos integrantes do programa durante os dias parados por falta de documentação legal. Pela programação atual, somente em 8 de outubro todo o grupo terá em mãos a permissão para trabalho.
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População de Vargem Grande, no MA, reclama da demora na efetivação de médicos estrangeirosGoverno não quer atraso na MP do Mais MédicosSP ainda não deu nenhum registro para Mais MédicosPE libera 11 de 43 registros de médicos estrangeirosPelo menos 61 profissionais estrangeiros do Mais Médicos recebem registro provisórioCFM aceita dar documento a médicos, mas com ressalvaMenos de 150 médicos estrangeiros conseguiram registro profissional Três universidades federais do Rio não aderem ao Programa Mais MédicosAGU pede que Procuradoria investigue conselhos de medicinaO governo afirma que as entidades resistem em providenciar o registro. E diz que pelo menos 280 dos 628 necessários já deveriam ter sido concedidos. Os conselhos, por sua vez, garantem que o atraso é fruto da demora do Ministério da Saúde em apresentar os dados necessários.
Segundo eles, 80% dos pedidos de registro protocolados pelo Ministério da Saúde ainda estão dentro do prazo de análise. Os casos restantes ou já tiveram a documentação providenciada ou aguardam a solução de pendências, como lacunas de informações ou ausência de quesitos considerados indispensáveis e previstos na Medida Provisória do Mais Médicos.
Congresso
O Ministério da Saúde afirma que os profissionais não estão inativos e a remuneração faz parte de uma bolsa, não é apenas uma contrapartida por serviços prestados. Além de tentar superar o impasse com as entidades de classe, o governo mantém uma frente no Congresso para garantir a aprovação da conversão da Medida Provisória que cria o programa em lei. O relatório do projeto de conversão, de autoria do deputado Rogério Carvalho (PT-SE), teve sua apreciação adiada para hoje, por causa de divergências na comissão.
Em uma reunião marcada para a manhã de hoje, parlamentares tentarão chegar a um documento de consenso para ser apresentado para votação, no período da tarde. O relator, Carvalho, considera difícil incorporar sugestões dadas por colegas, como estabelecer regime CLT para os brasileiros contratados ou equiparar remunerações (no caso dos cubanos).