Jornal Estado de Minas

Ex-mulher de executivo da Friboi pode confessar crime

Agência Estado
O advogado de Giselma Carmem Campos Magalhães, acusada de mandar matar o ex-marido e diretor-executivo da Friboi em 2008, afirmou nesta quinta-feira que houve uma reviravolta no julgamento e que a Defesa ficou agora de "mãos atadas".
Segundo Ademar Gomes, o irmão da Giselma, Kairon Vaufer Alves, que também é réu no processo, vai confessar sob juízo que ela é a mandante do crime. Até então, Kairon havia apenas confessado à polícia a participação da irmã, o que não tem valor jurídico.

O vídeo com a confissão ao delegado Rodolpho Chiarelli Jr - que depôs como testemunha de acusação - foi exibido aos jurados na manhã desta quinta.

"Até então, Kairon dizia que tinha feito aquele vídeo coagido, torturado. Então a tese de defesa de Kairon era tentar desqualificar o vídeo. (Com a confissão), cai por terra a defesa de Kairon e, por sua vez, de Giselma também", disse Ademar. Há a possibilidade de Giselma confessar o crime. "Vou conversar com ela e deixar que ela decida o que fazer. Se ela entender que tem culpa e confessar, é um atenuante. Se não confessar, a nossa tese é da negação de autoria." Os interrogatórios do réus estão previstos para a tarde desta quinta-feira.