Kairon, então, teria sido designado por Giselma a encontrar alguém para matar Humberto Magalhães. "Ela me manipulou", disse. "Eu tinha acabado de sair da cadeia, tinha mulher e filho pequeno e achei que, quando ela foi me procurar, fosse para me ajudar." Kairon confessou participação no crime e ainda pediu desculpas à família de Humberto."Estou muito arrependido do que fiz, tenho vergonha. Gostaria de pedir desculpas aos familiares e amigos de Humberto porque essa é uma dor que nunca cicatriza." A mãe de Humberto, que assistia ao interrogatório, baixou a cabeça e ficou emocionada.
Entenda
O Ministério Público diz que Giselma planejou a morte do ex-marido junto com seu irmão por parte de mãe, Kairon, que confessou ter participado da morte. Kairon contratou dois homens para tirar a vida de Humberto e, na noite de 4 de dezembro de 2008, o empresário foi executado com dois tiros perto de sua casa, no bairro Vila Leopoldina. O motoqueiro Paulo dos Santos e o mandante Osmar Gonzaga Lima já foram julgados e condenados a 20 anos de prisão cada um.
Resumo
Cinco testemunhas de acusação e duas de defesa foram ouvidas no Fórum da Barra Funda em dois dias de julgamento. O filho mais novo de Giselma e Humberto, Carlos Eduardo Campos Magalhães, depôs contra a mãe e disse não ter dúvidas de sua culpa. O filho mais velho, Marcus Vinícius Campos Magalhães, testemunhou a favor da mãe.
O conselho de sentença, formado por quatro mulheres e três homens, decidirá sobre a culpabilidade ou não dos réus após os debates entre a Promotoria e a Defesa.