Para o diretor do Instituto de Saúde da Comunidade da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aluísio Gomes da Silva Junior, o programa tem pontos positivos, mas alguns precisam ser revistos. "Há pontos da política do Programa Mais Médicos que nós concordamos, mas ainda temos que discutir muitas coisas sobre a carreira de médicos no SUS . Eu tenho consciência que o Ministério da Saúde faz um certo esforço para melhorar as condições de trabalho, mas a questão da carreira não está colocada e isso é importante para manter a continuidade do programa. As questões dos cargos e salários ainda não estão resolvidas", disse.
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Sorocaba cria programa de residência para atrair médicosConselhos resitem a ceder registro médico a estrangeirosMédicos estrangeiros terão treinamento sobre dengue no RioAtraso no Mais Médicos custará R$ 2,2 milhões aos cofres públicosPopulação de Vargem Grande, no MA, reclama da demora na efetivação de médicos estrangeirosMenos de 150 médicos estrangeiros conseguiram registro profissional"A UFF não aderiu ao Mais Médicos e nós ainda estamos discutindo sobre participar e de que maneira nós vamos participar do programa. Os nossos alunos estão em contato com o SUS desde o primeiro período e por isso a participação da universidade tem que ser diferente, pois a nossa formação é no SUS", completou.
A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também avisaram que não participarão do Programa Mais Médicos. A Unirio decidiu não aderir após uma reunião ocorrida no dia 24 de julho. De acordo com a nota, "o colegiado da Escola de Medicina e Cirurgia da Unirio deliberou sobre o Programa Mais Médicos e rejeitou por unanimidade a adesão."
Já a UFRJ informou que mantém o posicionamento desde a nota oficial divulgada no dia 1º de agosto por sua Faculdade de Medicina. Na nota, a universidade declara que "a congregação da Faculdade de Medicina considera equivocada a redução do complexo problema da saúde pública no Brasil à falta de médicos”.
Procurado pela Agência Brasil, Ministério da Educação (MEC), que é responsável pela parte de supervisão do Mais Médicos, esclareceu que todos os estados já têm tutoria definida para o programa. A assessoria, no entanto, não soube especificar quem será o responsável pelos tutores no estado do Rio de Janeiro.
O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que é favorável a carreiras de Estado, no âmbito federal, estadual e municipal. Uma das propostas da pasta é que o médico que ingressar na carreira de Estado tenha dedicação exclusiva. De acordo com a proposta o médico tem que estar presente todos os dias em uma unidade de saúde, trabalhando ao todo por 40 horas semanais.