Segundo o coordenador-geral do Sepe, Alex Trentino, duas pessoas foram presas e várias ficaram feridas. Do lado de fora, na Cinelândia, onde os policiais também investiram contra a multidão, cerca de 300 pessoas permaneciam protestando, por volta de meia noite, em clima tenso.
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Professores seguem na Câmara do Rio, apesar da PMProfessores decidem permanecer em greve no RioProfessores mantêm ocupação da Câmara do RioProfessores invadem Câmara de Vereadores do RioPM lança gás de pimenta contra professores no RioA movimentação final para a ação dos policiais começou por volta de 20 horas, contou Trentino, quando começaram a chegar policiais do Batalhão de Polícia de Choque da Polícia Militar. Oficiais entraram na Casa e tentaram convencer os manifestantes a sair, mas eles se recusaram.
Inicialmente, segundo o sindicalista, as ações da Polícia eram conduzidas, em nome da PM, por um major identificado como Segala, mas, no meio das negociações, outro oficial, cujo nome não foi divulgado, assumiu o comando.
As ações foram simultâneas: os professores que ocupavam o plenário foram atacados por um grupo de policiais, enquanto outro dispersava, com violência, os manifestantes que estavam do lado de fora.
O movimento grevista, porém, continuará, de acordo com o coordenador-geral do Sepe. "Temos assembleia marcada para terça-feira, independente do que aconteceu aqui", disse ele.
Ofício
Mais cedo, a Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores havia enviado um ofício à Polícia Militar pedindo a desocupação do plenário do Palácio Pedro Ernesto. Nota da assessoria de imprensa da Casa divulgada na tarde de sábado informou que a Justiça já havia expedido mandato de reintegração de posse em agosto, quando estudantes ocuparam o plenário da Casa. “Desta forma, a Câmara não necessita recorrer novamente à Justiça, pois possui autoexecutoriedade e poder de polícia para assegurar, como determina a Constituição Federal, seu livre funcionamento”, diz o texto.
Sexta-feira
No fim da noite de sexta-feira, professores foram surpreendidos por grande aparato da Polícia Militar, que foi ao Palácio Pedro Ernesto para tentar retirá-los de lá. Os ocupantes, mais de 200 segundo representantes do Sepe, não aceitaram deixar o prédio. Eles alegaram que a liminar apresentada é de 20 de agosto e se refere a uma ocupação anterior, já encerrada - a de manifestantes que protestavam contra a composição CPI dos ônibus na Câmara.