Vizinhos e amigos da mãe e da menina começaram a procurar pela criança na favela. No fim da madrugada, foram à 15.ª Delegacia de Polícia (Gávea) registrar o desaparecimento. Por volta das 6 horas, retomaram as buscas e o corpo de Rebeca foi localizado em um barranco, coberto por telhas, por uma vizinha. Uma testemunha contou à polícia que a criança foi abordada por um homem pardo, com idade entre 20 e 30 anos. A menina teria tentado se esquivar, sem sucesso.
O crime provocou revolta na Rocinha. Nas redes sociais, líderes comunitários e moradores comentaram o assassinato e postaram críticas à UPP. "O que me revolta é que UPP implantada para nós seria sinal de segurança, de uma nova vida de paz dentro da favela. Aí eles vêm e deixam pior do que já estava, matam moradores, levam para presídios quem estava na rua sem identidade, retiram pessoas de dentro de casa, humilham perante a família simplesmente pra mostrar que eles que são os mandatários", escreveu um jovem, fiscal de papelaria.
Na inauguração da Cidade da Polícia, o governador Sérgio Cabral lamentou a morte da menina: "Qualquer caso nos dói muito, ainda são muitos desafios. Sabemos que estamos enfrentando o tráfico de drogas e a milícia. A gente não tinha a ilusão de que a recuperação dessas comunidades seria fácil", afirmou.
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios.