A audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que teve a participação de indígenas hoje, com o objetivo de falar das conquistas nos 25 anos da Constituição, terminou em protestos. A presidenta da comissão, senadora Ana Rita (PT-ES), iniciou a reunião com de duas horas de atraso e um pedido de desculpas aos índios por eles terem sido barrados na entrada do Senado pela Polícia Legislativa. Só depois de muita negociação e da autorização do presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o grupo foi liberado sob condição de deixar na entrada arcos, flechas e instrumentos musicais.
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Índios estão acampados na Esplanada dos MinistériosBandeirantes tem tráfego normal após bloqueio por índios Cimi: violência contra índios aumentou entre 2011 e 2012Acampados em universidade, índios aguardam decisão sobre terras em SidrolândiaDurante a audiência pública, indígenas e representantes de quilombolas cobraram respeito às conquistas desses povos garantidas pela Constituição Federal de 1988 e mais apoio dos parlamentares.
Eles também se posicionaram contrários a propostas em tramitação no Congresso que tratam de terras indígenas. Na lista está a PEC 215, que retira do Poder Executivo a atribuição exclusiva de homologar terras indígenas. De acordo com o texto, o Congresso passa a ter competência para aprovar a demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios e ratificar as demarcações homologadas. “Viemos para conversar, para dialogar. Nossa responsabilidade é não deixar retroceder em nossos direitos”, completou Sônia Guajajara.
Greenpeace em apoio as índios
Movimentos indígenas e o Greenpeace realizam um ato na Praça do Três Poderes, em Brasília, na manhã desta terça-feira. Ativistas da ONG escalaram o mastro da bandeira nacional e instalaram outra bandeira com a imagem de um índio e uma faixa com a mensagem "nossos bosques têm mais vida", em referência a um trecho do hino nacional. A polícia foi chamada e negocia com os manifestantes.
Membros do Grenpeace estão amarrados no pé do mastro.A ONG informou que o protesto é em apoio a Semana de Mobilização Indígena, evento que luta pelos direitos garantidos pela constituição para os índios, e que vem sendo atingido por uma série de propostas em tramitação no Congresso Nacional.
De acordo com o representante da Campanha da Amazônia, do Greenpeace, Márcio Astrini, a manifestação é pacífica e a ONG teve todo o cuidado para não agredir o símbolo nacional. "Apoiamos os indígenas porque as áreas onde vivem os índios são as mais conservadas das florestas do Brasil", acrescentou.