Pelo menos 15 agências bancárias tiveram os vidros destruídos, assim como proteções de pontos de ônibus, telefones públicos e lixeiras. Ao final do protesto, a Polícia Militar (PM) divulgou que fez 17 prisões, nenhumas delas de professores. Dois presos eram procurados pela acusação de envolvimento em assaltos. Houve 11 feridos.
O comércio da região também sofreu com os enfrentamentos de terça-feira. Um exemplo é o tradicional bar Vermelhinho, instalado na Cinelândia desde 1956. Segundo o sócio Luiz Carlos Canedo, de 41 anos, o estabelecimento, vizinho à Câmara de Vereadores, interrompeu suas atividades por dois dias seguidos. Na segunda-feira, quando houve um primeiro confronto entre adeptos do movimento black blocs e policiais, o bar fechou às 21h. O normal é o expediente ser encerrado às 2h.
No dia seguinte, a casa nem chegou a abrir, tal a confusão instalada na Cinelândia. O faturamento perdido com um dia fechado, segundo Canedo, varia entre R$ 8 mil e R$ 10 mil.
"Este bar, desde 1956, nunca precisou ser fechado por causa de manifestação. E olha que aqui aconteceu tudo na ditadura, nas diretas já, no fora Collor. Nunca havia fechado", lamentava Canedo, referindo-se a manifestação que fazem parte da história brasileira.
O empresário apontou ainda ter sofrido prejuízos na cobertura do bar, danificada por uma bomba de efeito moral jogada pelos policiais militares . Canedo afirma que pedras foram lançadas contra o estabelecimento e que cadeiras e mesas chegaram a ser danificadas nos protestos de segunda-feira, derrubadas por manifestantes em correria.