Todos os dez policiais militares que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta sexta-feira, 04, no caso Amarildo já se apresentaram no quartel-general da Polícia Militar, no Centro do Rio de Janeiro. A informação é do advogado Marcos Espínola, que defende os soldados Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinicius Pereira da Silva. A PM ainda não se manifestou oficialmente.
Após as formalidades legais, todos os dez policiais serão encaminhados ainda nesta sexta-feira à Unidade Prisional da PM, em Benfica, na zona norte da cidade.
Tiveram a prisão preventiva decretada pela juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal do Rio, o major Edson Raimundo dos Santos, ex-comandante Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha; o tenente Luiz Felipe de Medeiros, ex-subcomandante da UPP; o sargento Jairo da Conceição Ribas; e os soldados Douglas Roberto Vital Machado, Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinicius Pereira da Silva, Anderson Cesar Soares Maia, Wellington Tavares da Silva, e Fabio Brasil da Rocha Graça. A magistrada também recebeu a denúncia do Ministério Público e abriu processo penal contra os policiais pelos crimes de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
Administrativamente, a PM tomará as providências que sempre toma lembrando que constitucionalmente essas pessoas têm direito a ampla defesa, tanto administrativa quanto criminalmente. O importante agora é manter a integridade da UPP Rocinha, que tem a aprovação da grande maioria dos moradores".
O pedreiro Amarildo Dias de Souza, de 43 anos, está desaparecido desde a noite de 14 de julho, quando foi conduzido por PMs de sua casa à sede da UPP da Favela da Rocinha "para averiguação".