O secretário estadual de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, reconheceu neste sábado, 5, que houve excessos por parte da Polícia Militar (PM) na manifestação dos professores ocorrida no último dia 1º, durante votação do Plano de Cargos e Salários do magistério municipal pela Câmara dos Vereadores.
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Após Amarildo, Beltrame pede voto de confiança sobre segurança no RioPolicial que jogou pedras em manifestantes é afastadoProfessores municipais do Rio decidem manter grevePM investiga flagrante forjado em manifestação no RJBeltrame admite excesso na repressão de professoresPaes dialoga sobre greve com diretores de escolas do RJ“Os três casos estão sendo analisados. Não estamos em uma ditadura. Não se pode, através de uma fotografia, expulsar um policial. A imagem é importante, ela fala por si, mas não se pode sumariamente demitir ou fazer uma punição a um policial. Não quero, absolutamente, defender policiais, até porque já expulsamos mais de mil e quinhentos”.
Beltrame disse que a polícia vai agir para preservar o direito de manifestação dos professores, em referência à um protesto que está sendo marcado pelas redes sociais para a próxima segunda-feira,7, no centro da cidade. Mas o secretário não quis garantir que equipamentos como gás e balas de borracha não serão utilizados.
“A polícia está ali para garantir a manifestação. Os equipamentos de uso, como gás e bala de borracha, acreditem os senhores, são um avanço. Porque anos atrás você tinha o cassetete e o escudo. Hoje você tem outros equipamentos. A questão toda é: quando, como e por que usar esses equipamentos. Se uma manifestação ocorrer pacificamente, a polícia militar está ali para garantir isso. A manifestação é do processo democrático e a obrigação da PM é garantir isso.”
Beltrame falou também sobre o Caso Amarildo, que levou sexta, 4, à prisão dez policiais militares que atuavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, incluindo o ex-comandante do grupo, major Edson Santos. Segundo ele, o que aconteceu não enfraquece a imagem das UPPs.
“Eu acredito que não. A polícia deu sua resposta de maneira transparente e objetiva. Entregou esses policiais à disposição da Justiça, independentemente de serem oficiais ou não. Acho que temos de fazer quando essas coisas tristes acontecem, é elucidar da maneira mais rápida possível e apresentar respostas claras à sociedade, sobretudo à família que sofre. Isso não enfraquece absolutamente a UPP. O mais importante é que as pessoas querem a UPP e que a vida destas pessoas lá dentro mudou.”