O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) recusou-se a comentar a ação policial na repressão aos protestos violentos ocorridos ontem à noite no centro. Por intermédio da assessoria de imprensa do Palácio Guanabara (sede do governo estadual), ele delegou à Polícia Militar (PM) a tarefa de responder ao Estado sobre a demora das tropas policiais em agir.
Galeria de fotos dos confrontos durante o protesto
Até a conclusão a noite desta segunda-feira, a PM não se manifestou. Os telefones para contato com jornalistas não eram atendidos. O porta-voz da corporação, tenente-coronel Cláudio Costa, não atendia o telefone celular durante os protestos e combates. Segundo profissionais do Serviço de Comunicação da PM, ele estava nas ruas acompanhando o trabalho policial.
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Os problemas começaram na Cinelândia, quando da chegada de cerca de 20 mil manifestantes (avaliação dos organizadores) em passeata desde a Candelária. Não havia policiamento na região da Câmara dos Vereadores, que foi atacada com explosivos caseiros e pedregulhos.
De acordo com nota divulgada pela Câmara, o prédio só não foi invadido porque os seguranças reagiram. "A Coordenadoria Militar da Câmara Municipal do Rio informa que, por volta das 20h desta segunda-feira, um grupo de 200 manifestantes, que participava do ato público (...), tentou invadir o Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo Municipal. (...)Eles também jogaram galões de gasolina pelas janelas e tentaram incendiar o prédio, além de pichar toda a parte externa do edifício", diz a nota.
Ainda segundo a Câmara, 26 agentes do grupamento especial da Guarda Municipal que desde a última semana reforçam a segurança do palácio, mais a equipe da Coordenadoria Militar, conseguiram impedir a invasão e conter o incêndio que atingiu parcialmente a sala do cerimonial, no segundo pavimento.
A direção da Câmara de Vereadores decidiu que não haverá expediente nesta terça-feira, para a realização de perícia judicial e contabilização dos prejuízos. Na nota, divulgada pela Assessoria de Comunicação Social, o Legislativo acusa "vândalos e baderneiros".
"Apesar do incidente, a Câmara do Rio reforça que respeita os professores municipais e que estará sempre aberta ao diálogo democrático. Reconhece também que é legítimo o ato público promovido pela categoria e está ciente que vândalos e baderneiros se infiltraram no movimento com claro propósito de destruir a sede do Legislativo Municipal", concluiu o documento.