Os manifestantes querem a aprovação do projeto de auxílio locomoção para todos os professores, no valor de R$ 319, sem escalonamento de valores. O prefeito Paulo Garcia (PT) enviou o projeto e articulou com a bancada governista para aprovar o escalonamento em três níveis (carga horária de 20 horas semanais com auxílio de R$ 133,30 mensais; 30 horas com R$ 200,00, e 40 horas com R$ 266,60).
A emenda que estava sendo votada elevava os valores (R$ 213, 319 e R$ 425, respectivamente). Outra emenda estendia aos funcionários administrativos o auxílio locomoção. O acatamento das emendas chegou a ficar na frente da votação por 16 votos favoráveis contra 15 da base situacionista.
Mas quando o placar empatou, o presidente, a quem cabia o desempate, deu alguns minutos para a chegada de outros dois vereadores da bancada governista, que inverteram o placar para 17 a 16, derrubando as emendas. Clécio chegou a anunciar o resultado. Revoltados, os professores então invadiram o plenário e os parlamentares dispersaram às pressas.
A Guarda Municipal, que faz a segurança do Legislativo, entrou em ação para que os vereadores saíssem para gabinetes e para um corredor nos fundos do Plenário. Gás de pimenta foi disparado e pelo menos uma professora precisou de atendimento.
O presidente Clécio Alves também saiu escoltado do Plenário seguindo para o gabinete da Presidência. Após a sessão ele negou a manobra e também disse que não deu ordens para uso de força.
Como a sessão nem chegou a ser encerrada porque nenhum membro da Mesa Diretora voltou ao Plenário, ainda não se sabe se a votação teve legalidade.