Os professores da rede municipal do Rio de Janeiro, em greve desde 8 de agosto, estão reunidos em assembleia no Club Municipal na Tijuca, zona norte da capital fluminense, na manhã desta quarta-feira, 09, para definir os rumos do movimento.
A expectativa é de que a paralisação prossiga. A categoria espera para hoje, ou no máximo para amanhã, 10, uma manifestação do Poder Judiciário sobre o mandado de segurança impetrado por nove vereadores de oposição para anular a sessão da Câmara de Vereadores do Rio que aprovou o novo plano de cargos e salários da rede de ensino, combatido pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
Eles alegam que não havia segurança para realizar a votação porque a PM reprimiu manifestantes do lado de fora do Palácio Pedro Ernesto. A Câmara não teria ainda permitido o acesso do público às galerias, o que seria ilegal.
Um dos autores da ação, o vereador Eliomar Coelho (PSOL) disse que "a decisão pode sair a qualquer momento" e que o Judiciário, na segunda-feira, 07, teria dado 48 horas para que o Legislativo se manifeste.
Repercute entre os professores a declaração do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), de que não negociaria mais com o Sepe. "Essa postura de cabo de guerra não ajuda em nada, perde a educação pública", afirmou o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), candidato derrotado à prefeitura do Rio, ovacionado pelos sindicalistas e professores da assembleia da categoria.