A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) pode voltar a propor a colocação de catracas na entrada dos prédios, no câmpus Butantã, em São Paulo, após a tentativa de estupro de uma aluna de Engenharia de Produção na manhã de terça-feira, 08. "A restrição de acesso, com a implantação de catracas, poderá ser proposta novamente, já que há cerca de seis anos os próprios alunos vetaram a ideia", afirma a nota divulgada nesta quarta-feira, 09, pela Poli.
Assim que o boletim de ocorrência, registrado no 93° DP (Jaguaré), for encaminhado para a diretoria da Poli, o diretor afirma que será aberta uma sindicância interna para apurar eventuais omissões, "já que a segurança dos alunos é dever da escola". A aluna foi encaminhada para o Hospital Universitário com ferimentos leves e o diretor da escola esteve no local para lhe dar apoio.
A segurança no câmpus é privada, mas no interior dos prédios a vigilância é de responsabilidade de cada unidade. "A Escola Politécnica possui 141.500 m² de área edificada. Guardas e câmeras de segurança são utilizados para manter a segurança interna", diz a Poli.
O caso está sendo investigado pelo 93º DP. Até as 11h, o suspeito não havia sido identificado.
Plebiscito
Em junho do ano passado, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP aprovou em plebiscito a instalação de catracas nas entradas do prédio. O projeto de instalação das roletas ganhou força depois que um estudante de 24 anos foi assassinado no estacionamento da unidade, em maio de 2011.