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Justiça nega reintegração de posse da reitoria da USPTrês caixas eletrônicos São incendiados na USPAudiência entre USP e alunos não tem acordoCâmeras não funcionavam quando aluna da USP foi atacada“O que coloca os estudantes em greve é uma discussão pela democratização da universidade. Dois pontos para gente são cruciais: a questão das diretas já para reitor, mas também de uma reforma estatuinte. A USP hoje é formada em torno de um estatuto da ditadura militar. Há uma necessidade brutal para que esse estatuto seja reformado”, disse Luísa D’Ávora, do Diretório Central dos Estudantes da USP.
A manifestação dos estudantes adotou um tom comemorativo em razão de a Justiça ter negado, mais cedo, o pedido de reintegração de posse feita pela reitoria. A decisão foi tomada após a audiência de conciliação entre estudantes e representantes da universidade, ocorrida na terça-feira, ter terminado sem acordo.
“Essa foi uma primeira vitória dos estudantes da USP, a Justiça hoje declarou que o movimento dos estudantes é um movimento político, democrático e legítimo, e, assim, ele tem de ser reconhecido pela universidade. Para ele ser reconhecido dessa maneira, o reitor tem de sentar, negociar e dialogar conosco”, disse o diretor do DCE da USP, Pedro Serrano.
A ocupação do prédio, iniciada em 1º de outubro, é por eleições diretas para reitor, votação paritária entre as três categorias (alunos, funcionários e professores) e o fim da lista tríplice, que confere ao governador a escolha do reitor entre os três mais votados.
“Nosso objetivo hoje é abrir diálogo com a sociedade, demonstrar que a USP é pública e, para isso, ela tem de ser mais democrática, tem de ter eleição direta para reitor. A bola está na mão da reitoria Nós queremos o diálogo, queremos negociar, estamos esperando que eles deixem de ter uma postura intransigente e receba os estudantes”, destacou Serrano.