O velório da atriz e cineasta Norma Bengell, que morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 78 anos, vítima de complicações decorrentes de um câncer de pulmão, começou às 18h no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul carioca. Até a manhã desta quinta-feira (10), o público poderá prestar sua última homenagem à atriz, que fez história no cinema nacional. O corpo de Norma Bengell será cremado na quinta-feira, às 14h, no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio.
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A estreia da atriz nas telas de cinema ocorreu em 1959, com a comédia O Homem do Sputnik, quando Norma chamou a atenção ao fazer uma paródia da atriz francesa Brigitte Bardot. Carioca, a atriz, que nasceu em 21 de fevereiro de 1935, marcou a cinematografia nacional ao interpretar Leda no filme Os Cafajestes, de Ruy Guerra (1962), protagonizando a primeira cena de nu frontal do cinema brasileiro.
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Atriz Norma Bengell morre no Rio vítima de complicações de câncerDramaturgo e diretor Ênio Gonçalves morre aos 70 anosAtor Cláudio Cavalcanti morre aos 73 anosApós retirar IPTU de pauta, vereador tem igreja lacradaEm 1988, com o longa-metragem Eternamente Pagu, se tornou também diretora, função que desempenhou outras três vezes, com O Guarani, de 1996; Magda Tagliaferro - O Mundo Dentro de um Piano; e Infinitamente, ambos de 2005.
A atriz também fez história ao lutar contra a ditadura militar, além de ser conhecida por defender a bandeira feminista. "Ela dirigiu O Guarani justamente por causa dos princípios cívicos que ela assumia com relação à vida. Ela foi muito injustiçada nos anos da ditadura, a prenderam e a trataram muito mal. Ela, como uma pessoa independente, sendo mulher, teve um pouco de dificuldade, mas ela saiu muito bem porque tinha caráter. Só pelo trabalho que ela fez no cinema com as interpretações dela, ela aponta um rumo. O norte dela sempre foi atuar bem e ser uma grande profissional e mulher", elogiou Canosa.
Morte da atriz repercutiu nas redes sociais
A Secretaria Estadual de Cultura lamentou, em nota, a morte da atriz, manifestando pesar pela "enorme perda de Norma Bengell, eterna musa do cinema nacional, artista e realizadora incansável".