A Polícia Civil cumpriu na manhã desta sexta-feira, 11, 13 mandados de busca e apreensão no Rio e em Niterói para apurar o envolvimento de pessoas em atos de vandalismo durante as comemorações do Sete de Setembro na capital fluminense. Foram recolhidos laptops, máscaras, CPUs, CDs e pendrives de supostos adeptos da tática Black Bloc. Outros quatro mandados não foram cumpridos porque os alvos não foram localizados.
Galeria de fotos do protesto de 7 de outubro no Rio
Leia Mais
Vídeo mostra Black Blocs virando viatura da polícia durante protesto em SP Acusados de administrar perfil Black Bloc RJ são soltosJustiça do Rio determina libertação de Black BlocsRaiva une 2ª geração de Black Blocs de São PauloDelegacia do RJ deflagra operação contra suspeitos de atos de vandalismoManifestantes bloqueiam vias de comunidade da zona oeste do RioComerciantes do RJ pedem mais rigor contra 'Black Bloc'Polícia do Rio ouve envolvidos em vandalismo durante manifestaçõesSegundo o delegado Reis, eles podem ser enquadrados na Lei de Organização Criminosa - com pena que vai de três a oito anos de prisão. "Sem dúvida podem (ser indiciados por organização criminosa). Na verdade o que se quer é estabelecer o papel de cada um na verdadeira coreografia de vandalismo que a gente tem identificado aí", afirmou.
Reis disse ainda que a principal tarefa da polícia na investigação, que está sob segredo de justiça, é definir se há alguma hierarquia ou participação diferenciada na organização dos Black Blocs que levaram à depredação.
Advogados do Instituto de Defensores dos Direitos Humanos (IDDH), organização não-governamental que oferece auxílio jurídico a manifestantes, acompanharam os depoentes na sede da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Eles se limitaram a dizer que os investigados foram surpreendidos e que a apuração policial está em estágio inicial, sem a responsabilização de qualquer deles até o momento.