A Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática (DRCI) do Rio de Janeiro deflagrou ontem uma operação contra suspeitos de participar de atos de vandalismo nas manifestações na cidade. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão. Quatro ainda não haviam sido executados até o fechamento desta edição. Agentes apreenderam computadores, máscaras, celulares e outros equipamentos eletrônicos na casa de suspeitos de participação nos quebra-quebras, que deverão ser analisados após autorização judicial. Nove pessoas foram levadas à delegacia e liberadas após prestarem depoimento. Todas negaram envolvimento com os atos de violência. Em 4 de setembro, três administradores da página “Black Bloc RJ” no Facebook já haviam sido detidos por postar mensagens que incitam a violência.Como resposta à ação policial de ontem, grupos que integram a Frente Independente Popular (FIP), como o AnonymousRio e os Black Blocs, intensificaram a divulgação da próxima manifestação prevista para a capital fluminense, na próxima terça-feira, chamada de “1 milhão pela educação”. A aproximação entre manifestantes e professores da rede pública em greve não foi fácil. Logo após as três primeiras prisões, começaram a circular no Rio de Janeiro informações sobre uma “lista dos 17” e um grupo de 200 investigados pela polícia — informação antecipadas pelo Correio na edição de 7 de setembro —, o que teria afastado os manifestantes das ruas.