Leia Mais
Filho de Amarildo acusa policial de abuso de autoridadeTermina sem sucesso procura por corpo de AmarildoMulher de Amarildo cobra localização do corpo do marido durante fórum em MinasProtesto na Rocinha pede que policiais entreguem corpo de AmarildoAntes de morrer, adolescente perguntou por que PM atirou, diz irmão de 13 anosDez PMs estão presos. Eles foram denunciados sob a acusação de prática de tortura seguida de morte e ocultação de cadáver. O processo já está na 35ª Vara Criminal. Caso outras pessoas sejam acusadas pelo crime, o Ministério Público terá de fazer um aditamento para incluí-las como rés.
Depoimento de madrugada
O policial depôs durante a madrugada desta segunda-feira, 14, a promotores que integram o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Por questão de segurança, o PM não teve o nome divulgado, mas a princípio não é nenhum dos dez policiais já presos. Ele está sob proteção.
O Gaeco foi designado pelo procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, para acompanhar os desdobramentos do caso Amarildo na Justiça fluminense. No dia 4, a juíza Daniella Alvarez Prado, da 35.ª Vara Criminal do Rio, decretou a prisão preventiva dos dez PMs já denunciados. Os dois oficiais e oito praças eram lotados na UPP da Rocinha.
Para justificar o decreto de prisão preventiva, a magistrada escreveu que há indícios de intimidação de testemunhas. De fato, três testemunhas do inquérito foram incluídas no programa de proteção do governo federal. Na mesma decisão, a juíza também recebeu a denúncia do Ministério Público do Rio contra os PMs, o que na prática os torna réus na ação penal.
Buscas
Na sexta-feira, 11, a Polícia Civil do Rio vasculhou, sem sucesso, dois reservatórios de água no alto da Rocinha, na tentativa de encontrar os restos mortais de Amarildo. Ao todo, 70 policiais militares e bombeiros participaram das buscas. A delegada Elen Souto disse posteriormente que não pretende realizar mais buscas pelo corpo, a não ser que surjam novas informações.