Curitiba, 15 - Na data em que se comemora o Dia do Professor, os professores municipais de Curitiba criticaram nesta terça-feira (15), em protesto na Boca Maldita, na área central de Curitiba, as "más condições" de trabalho no ensino fundamental e também o aumento de investimentos em obras da Copa do Mundo, maiores que os direcionados para a Educação, de acordo com eles. Cerca de 300 professores (segundo a organização, 100 conforme a Polícia Militar), entre eles uma centena de black blocs; também se solidarizaram com os professores grevistas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
O diretor do Sindicato do Magistério Municipal (Sismmac), Rafael Furtado, disse que a questão salarial será debatida em breve, mas agora a categoria cobra a promessa de campanha do prefeito Gustavo Fruet (PDT), que garantiria 30% de receita para a Educação. "Ao mesmo tempo em que a receita de Curitiba aumentou 18% ele está elevando os investimentos em Educação de 26% para 26,5%, o que não significa nada e agora o prefeito diz que vai chegar a esse total até o final do mandato, não queremos que isso seja moeda de troca em ano eleitoral", reclama.
A lotação das salas de aula também tem merecido críticas. "São muitos mais alunos do que deveria, mas ao invés de tratar o problema vemos os investimentos das obras da Copa dobrando", disse. Alencar lembra que o magistério municipal atende 75% dos alunos de ensino fundamental.
Ao mesmo tempo em que ocorria o protesto conjunto, um grupo de 40 pessoas ligado à Frente de Luta Pelo Transporte ocupou a Câmara Municipal de Curitiba. Os manifestantes querem a anulação dos contratos do transporte coletivo e a redução da tarifa dos atuais R$ 2,75 para R$ 2,25, que é a tarifa que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) divulgou como a mais correta. O grupo quer ser recebido pela presidência da Câmara e prevê acampar em frente ao prédio. Até as 19h30 desta terça-feira, não havia sido registrada nenhuma ocorrência.