A prisão do grupo ganhou repercussão mundial. Nesta quarta-feira, 16, a chanceler alemã Angela Merkel telefonou ao presidente russo, Vladimir Putin, manifestando preocupação sobre o caso. Nesta quinta-feira, 11 ganhadores do prêmio Nobel da Paz escreveram uma carta a Putin pedindo a liberdade dos ativistas. São eles: Desmond Tutu (África do Sul), Betty Williams (Irlanda do Norte), Oscar Arias Sanchez (Costa Rica), Jody Williams (EUA), Leymah Gbowee (Libéria), Tawakkol Karman (Iêmen), Rigoberta Menchu Tum (Guatemala), Mairead Maguire (Irlanda do Norte), Shirin Ebadi (Irã), Jose Ramos Horta (Timor Leste), Adolpho Perez Esquivel (Argentina).
Na correspondência, eles solicitam que Moscou faça "tudo o que puder" para a liberdade dos presos, e chamam as acusações de pirataria de "exageradas". "A exploração de petróleo no Ártico é uma atividade de altíssimo risco. Um eventual vazamento de óleo ali teria um impacto catastrófico em uma das regiões mais ricas, bonitas e preservadas do planeta. O impacto de um vazamento sobre as comunidades que vivem no Ártico e sobre espécies de animais que já estão ameaçadas seriam devastadoras", endossaram os ganhadores do Nobel.
Ana Paula está presa em uma penitenciária na cidade russa de Murmansk. Lá, ela fica sozinha em uma cela e diz ser bem tratada. O contato com a família, no Rio Grande do Sul, se dá por cartas trocadas através de emissários. Na semana passada, a bióloga teve direito a um telefonema de cinco minutos, quando falou com a mãe, Rosângela Maciel.