Torres disse que a operação é apenas o começo da investigação mais detalhada que começa a partir de agora. O envolvidos estão sendo interrogados. Ninguém foi preso. São cumpridos 41 mandados de busca e apreensão determinados pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal de Mato Grosso, em quatro cidades do Estado e no Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo .
As apurações começaram após a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ter suspeitado de 41 candidatos que se inscreveram para revalidar o diploma de medicina e que alegaram ter estudado em instituições da Bolívia. Depois de averiguação, a UFMT constatou que alguns nunca foram alunos das faculdades e em outros casos não haviam concluído o curso.
A PF afirmou acreditar que no esquema estão envolvidos empregados das universidades bolivianas. Esses funcionários forneciam documentos e o falso diploma que tinha a marca da instituição e detalhes específicos da universidade, para o esquema. Sobre o envolvimento de advogados brasileiros, Torres afirmou que, "a princípio, os advogados são inocentes e foram contratados sem que soubessem do esquema". De acordo com a assessoria da PF, dos investigados que se inscreveram no Revalida, 29 foram representados por cinco advogados ou despachantes, "que teriam sub-rogado outras pessoas para realizar a inscrição dos supostos médicos".