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Estado de Minas

Polícia ainda busca autores de disparos em protesto


postado em 18/10/2013 19:43 / atualizado em 18/10/2013 19:49

Rio, 18 - Três dias após a manifestação dos professores em greve, em que foram registrados os primeiros casos de uso de arma de fogo, a Polícia Civil ainda não conseguiu identificar os autores dos disparos. Dois homens foram feridos. O estudante Rodrigo Gonçalves Azoubel, de 18 anos, foi baleado nos dois antebraços, quando estava na Cinelândia durante o protesto de terça-feira, 15. Continua hospitalizado. Azoubel ainda não foi interrogado. Só deverá voltar par casa na próxima semana.

Rafael Santana Santos, de 24 anos, estava na Avenida Rio Branco quando foi baleado no ombro, também na manifestação. O projétil ficou alojado na jaqueta de Santos, pois o tiro deve ter sido disparado de longe. Ele foi encaminhado para exame de corpo de delito. O projétil e a jaqueta serão periciados. Os laudos não foram anexados à investigação.

A 5ª Delegacia de Polícia (DP) ainda tenta identificar quem são os dois homens que aparecem, com roupas comuns, atirando com arma de fogo na manifestação. As investigações não avançaram até agora. Policiais da DP, sem se identificar, creditam a demora à suposta falta de efetivo, que seria insuficiente para dar conta de todas as ocorrências.

A assessoria da Polícia Civil se limitou a informar, em nota, que, "por enquanto, o delegado não está divulgando detalhes da investigação". Vídeos publicados na internet mostram vários policiais militares fardados efetuando disparos de arma de fogo na manifestação de terça-feira. A Polícia Militar (PM) divulgou que "foi aberta uma sindicância para avaliar a conduta desses policiais".

Em relação a denúncias envolvendo a atuação de PMs em outras manifestações, a Corregedoria da corporação concluiu três sindicâncias. Na primeira, um policial que aparece agredindo uma mulher na Lapa, em vídeo divulgado em 28 de agosto, foi indiciado por lesão corporal. Uma segunda sindicância aberta para apurar ligação de PMs que atuaram no protesto de 22 de agosto com milícias foi arquivada por falta de provas. Um policial acusado de usar uma rede social para defender o uso de armas de fogo nas manifestações será punido disciplinarmente.


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