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Ligação entre black blocs e MPL é explicada em livroPM de São Paulo usa a internet para isolar black blocsMaioria dos paulistanos desaprova os "black blocs"Polícia investiga ação do Black Bloc no Instituto RoyalPolícia já ouviu 150 pessoas sobre as ações violentas em manifestações em SPViolência em atos em SP ofusca movimentos pacíficosPróximos dos integrantes do MPL, os autores tentam explicar na obra como as manifestações de junho nasceram de dez anos de aprendizado acumulados em protestos de ruas, iniciados em 2003 em Salvador. “Não foi um raio em céu azul”, escreve Marcelo Pomar, para evitar qualquer conclusão que aponte improviso e espontaneidade nas ações do grupo.
A ação direta e o vandalismo fizeram sentido porque estavam associados a outras estratégias elaboradas pelo MPL ao longo da década. A definição de uma pauta clara, no caso a redução de 20 centavos da tarifa, que dependesse da vontade política do governo para ser atendida, foi uma delas. “Só abandonar as ruas quando a pauta for atendida”, era a ideia fixa.
Outra tática era fazer protestos colados, separados por dias, em grandes avenidas, para atrapalhar o cotidiano, desnortear as autoridades e chamar a atenção da imprensa. Deu certo.
Para os jovens do MPL, o processo de luta era tão importante quanto o resultado das manifestações. O objetivo era mostrar as possibilidade de se levar a democracia para as ruas.