A Universidade de São Paulo (USP) vai reelaborar o estatuto da instituição na primeira quinzena de maio de 2014, com a ajuda da comunidade acadêmica - alunos, professores e funcionários. É o que determina uma nova proposta de negociação apresentada ontem pela reitoria da universidade aos grevistas. Até as 21h, os estudantes votavam se continuariam em greve.
O novo estatuto seria definido em um congresso, com participação de professores, alunos e funcionários. As mudanças propostas no congresso serão encaminhadas, segundo a universidade, “às instâncias competentes” a partir do término do evento. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), falta a universidade garantir que todos os funcionários terão dispensa do trabalho no dia do congresso. “Esse estatuto deverá ser criado de forma democrática, com todos”, afirmou a diretora do DCE e estudante do segundo ano de Letras, Luisa D’ Ávola, de 25 anos.
Em nota, a USP afirma que “recomendará a liberação dos congressistas das atividades de estudo e trabalho” durante o congresso e que vai dar apoio logístico à realização do evento.
Moradia
Na reunião desta quinta-feira, 31, a universidade se comprometeu a transformar outros dois prédios, chamados de “K”e “L”, em moradia estudantil. Segundo a USP, isso ocorrerá “assim que houver a realocação dos órgãos da administração central ali em funcionamento para novos locais apropriados”. Um calendário será estabelecido com os alunos.
A reitoria também se comprometeu a reajustar o valor das bolsas estudantis segundo índice de reajuste salarial acordado no Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) e a debater a permanência da Polícia Militar na universidade.