Os aglomerados fixaram-se primeiro nas proximidades do centro, e mais recentemente em bairros mais distantes, destinados à habitação pelo governo, porém de estrutura menos desenvolvida. São comunidades muito adensadas, com pouco espaçamento entre as residências.
As casas mais precárias, em geral palafitas, ficam em áreas alagadas, para as quais a população mais pobre foi "empurrada" por causa do alto preço do metro quadrado nas zonas mais nobres. Em períodos de chuva, a água invade as residências, que não contam com saneamento básico. Os moradores são, em grande parte, migrantes que se deslocam do interior do Pará para Belém em busca de emprego.
Marituba, cidade-dormitório da Região Metropolitana, tem a mais elevada proporção de moradores em aglomerados subnormais do País: 77,2% da população. É um município de alta densidade demográfica e que exporta sua mão-de-obra para Belém, distante onze quilômetros, por não oferecer postos de trabalho suficientes.