Seis pessoas foram presas pela polícia maranhense sob suspeita de envolvimento nos ataques a tiros a duas bases móveis da Polícia Militar, que deixaram três vítimas - um policial morto e um casal ferido - na noite de sábado, 9, em São Luís.
Nos ataques deste fim de semana, o soldado que estava de plantão no trailer da Vila Nova, Francinaldo Sousa Pereira, morreu baleado. Ele estava sozinho na unidade móvel na hora do ataque, porque a viatura havia saído para atender uma ocorrência.
Em outra região pobre da capital maranhense - o Bairro de Fátima - o sargento Marco Antonio Correa Cutrim, e uma moradora do lugar, não identificada, ficaram feridos quanto a unidade móvel da PM foi atacado. Os dois feridos foram socorridos e encaminhados para o Centro Cirúrgico do Hospital Municipal Djalma Marques - o Socorrão I - o principal pronto socorro da cidade.
Ônibus - Outros dois ataques ocorreram em São Luís. Desta vez, o alvo dos bandidos foi coletivo: dois deles foram incendiados em diferentes bairros da cidade, na noite de sábado.
Toda a cúpula das policiais Civil e Militar do Maranhão esteve reunida na manhã deste domingo, 10, para decidir como será feito o enfrentamento desta nova onda de ataques criminosos na capital maranhense.
Outra medida anunciada neste domingo foi a substituição gradativa dos trailers. "A exemplo do modelo que já temos na Divinéia, entendemos que os trailers não atendem mais a população. Por isso mesmo, num primeiro momento, todos serão reforçados e gradativamente esse modelo será substituído", garantiu o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel Frankling Pacheco.
Aniversário
Há suspeitas de que estes ataques tenham ligação com ocorrências registradas um mês antes: exatamente no dia 9 de outubro foi reprimida uma tentativa de motim no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que teria começado depois de um confronto entre duas facções criminosas - "Bonde dos 40" e Primeiro Comando do Maranhão (PCM) - que matou dez presidiários e deixou outros 33 feridos, depois que um túnel por onde 60 presos tentariam escapar foi descoberto.
No dia seguinte, 10 de outubro, uma ordem disparada da penitenciária levou os bandidos a queimar sete coletivos em vários bairros de São Luís. Na época, ninguém ficou ferido, mas a cidade entrou em pânico e vários alarmes falsos de ocorrências ligadas à atuação das duas facões chegaram a ser noticiadas.