O ex-secretário de Finanças de São Paulo na gestão Gilberto Kassab, Mauro Ricardo Costa, atacou a atual administração municipal, reagindo à nota divulgada pela Prefeitura de São Paulo, na qual é dito que ele deve "prestar esclarecimentos sobre seu grau de conhecimento da atuação do grupo e a relação que ele mantinha com praticamente toda a estrutura de seu gabinete envolvida".
Mauro Ricardo será chamado para depor ao controlador Mário Spinelli sobre a quadrilha que fraudou o Imposto Sobre Serviços e outros tributos.
Em nota, o ex-secretário de Kassab diz que "a Secretaria de Comunicação do prefeito (Fernando) Haddad, além de ignorar os fatos já apurados, finge desconhecer a estrutura da Secretaria de Finanças". Além disso, de acordo com o texto, o órgão "agride, de forma gratuita e absolutamente irresponsável, a honra e história de servidores e ex-dirigentes, muitos dos quais permanecem exercendo suas funções na mesma secretaria (de Finanças)".
Atual secretário da Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo conta que o gabinete da secretaria paulistana é composta, além do secretário e do secretário adjunto, por um chefe de gabinete, dois subsecretários, dois coordenadores, quatro chefes de assessorias e um presidente do Conselho Municipal de Tributos. "Destes, apenas um, o ex-subsecretário da Receita Municipal, aparece como envolvido nas irregularidades investigadas pelo Ministério Público", diz o ex-secretário.
Mauro Ricardo também salienta que, "segundo gravação de conversa" dos envolvidos no caso, "as fraudes começaram em 2002, época em o atual prefeito Haddad era o secretário de Finanças substituto e chefe de gabinete" da secretaria. "Tenho certeza que, assim como eu, ele não tinha conhecimento das irregularidades praticadas", diz. De acordo com sua assessoria de imprensa, ele não recebeu nenhum convite ou convocação da Prefeitura para prestar esclarecimentos.