Jornal Estado de Minas

Caso Joaquim: polícia de São Paulo ouve técnicos sobre uso de insulina

Uma das suspeitas da polícia de Ribeirão Preto é que o menino possa ter sido vítima de uma overdose do hormônio

Correio Braziliense
Em busca de um desfecho para o assassinato do menino Joaquim Martins Ponte, 3 anos, encontrado morto no último domingo, o delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, ouviu ontem especialistas em insulina. Uma das suspeitas da polícia de Ribeirão Preto é que o menino, diagnosticado com diabetes em setembro, possa ter sido vítima de uma overdose do hormônio. Segundo Castro, na conversa de ontem, considerada "esclarecedora", os especialistas deram um parecer técnico sobre o papel da insulina no controle da doença.

A desconfiança de que Joaquim possa ter sido vítima de superdosagem surgiu depois que a mãe de Joaquim, Natalia Longo, 29 anos, revelou que o marido dela, Guilherme Longo, injetou nele mesmo duas doses da insulina do menino, com o objetivo de "se acalma" após consumir cocaína. Mas, ao entregar à polícia o aparelho de aplicação do remédio, na semana passada, após o desaparecimento do garoto, Longo confessou que havia tomado, na verdade, 30 doses de insulina.
Como os depoimentos colhidos até agora revelaram várias contradições entre Natália e Longo, a polícia deve fazer duas reconstituições do crime, uma com a versão da mulher, outra com a do marido dela. Os dois permanecem presos temporariamente e são apontados como os principais suspeitos da morte de Joaquim.

O menino desapareceu na madrugada do dia 5, de dentro da casa da família, em Ribeirão Preto. Cinco dias após o sumiço, o corpo da criança foi encontrado no Rio Pardo, em Barretos, a 150 km de Ribeirão Preto. Na quinta-feira, um pescador informou ter visto, na madrugada do dia 5, um homem parar o carro em cima de uma ponte sobre o Rio Pardo - aproximadamente 10km da casa da família de Joaquim - e jogar na água um volume envolto em um lençol branco.