Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a lentidão no trânsito chegou a 222 km às 19h20. Os moradores reclamam que a polícia agiu com truculência. “Nós estávamos fazendo um protesto pacífico para mostrar para a Prefeitura que precisamos de moradia. Chegou uma viatura, jogou bombas sem a gente ter feito nada”, disse o auxiliar de serviços gerais Wellington Pereira, de 39 anos.
Mulheres e crianças que estão acampadas também fizeram uma manifestação paralela à da Marginal, na esquina das Avenidas do Estado e Santos Dumont. Elas também reclamaram da ação da polícia. “A PM jogou bomba em todo mundo, mesmo tendo criança por perto”, disse Patrícia Oliveira, de 32 anos.
A polícia registrou alguns casos de assalto a motoristas no congestionamento. Segundo moradores, os crimes teriam sido praticados por pessoas de fora da manifestação. Gil Celestino, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), afirmou que o movimento não vai parar enquanto as famílias estiverem na calçada. “A luta é por moradia. A gente não vai sossegar, nem que tenha de parar a cidade.”