Uma mansão no Park Way, em Brasília, servia para festas animadas por garotas de programa agenciadas pelas cafetinas que controlavam a prostituição de luxo no Distrito Federal. Uma confraternização entre as meninas, políticos e empresários no imóvel estava inclusive marcada para o próximo sábado. A propriedade da casa e a origem do dinheiro para financiar os eventos são investigados pelos agentes que desencadearam o cerco à exploração sexual na Capital Federal, na última segunda-feira. Na ação, chamada de Red Light, eles prenderam nove pessoas, incluindo as quatro maiores cafetinas da capital. Entre elas, Jeany Mary Corner, 53 anos, pivô da queda do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, em 2006.
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Presa suspeita de chefiar rede de prostituição no DFPolícia prende mulher suspeita de favorecer prostituição de luxo no DFAção da polícia confirma DF como um dos principais mercados da prostituiçãoInvestigadores da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) recebem informações sobre a casa desde o desencadeamento da operação. Na maioria dos casos, os dados chegam de vizinhos cansados da barulheira vinda das festas realizadas no imóvel, que, segundo eles, atraem dezenas de carros importados, homens engravatados e belas mulheres. Para os agentes, há fortes indícios de a mansão ser um dos pontos de encontro entre as prostitutas de luxo e os abonados clientes que se divertem, muitas vezes, com dinheiro público. O nome de ao menos um deputado federal nordestino é citado como frequentador das festas no Park Way e em outros pontos do DF, promovidas pela quadrilha.
Negócios paralelos
Além da mansão no Park Way, policiais civis checam denúncias de diversas formas de exploração de mulheres, homens e travestis a serviço da quadrilha. Uma das informações diz respeito a uma clínica de estética, na Asa Sul, que pertenceria a Vilma Nobre. Tal comércio serviria, na verdade, como fachada para um ponto de prostituição.