O secretário-geral revelou também que houve uma reunião de crise da Fifa com o governo na manhã do dia 21, logo após o auge das manifestações pelo Brasil, para avaliar a segurança da Copa das Confederações - o torneio foi disputado entre os dias 15 e 30 de junho em seis capitais.
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Força Nacional vai atuar na segurança do sorteio da Copa nesta sextaCNJ padronizará regras de participação de menores na Copa do MundoParques nacionais vão receber R$ 10 milhões para obras e atrair turistas na Copa"Na noite do dia 20 de junho, as coisas atingiram o auge. Eu me lembro de estar vendo pela televisão e estar em contato com Luis Fernandes (secretário executivo do Ministério do Esporte) e pessoas da segurança até quatro horas da manhã. Não foi a noite mais fácil para nós. Pela manhã, fizemos uma reunião de crise para falar sobre a situação no Brasil e como nós poderíamos lidar com ela", contou Valcke.
Naquela reunião, Fifa, o governo e o COL decidiram manter o prosseguimento da Copa das Confederações. "Houve uma decisão tomada entre o governo, o Comitê Organizador Local e a Fifa, com todas as instituições de segurança, para dizer 'não, nós vamos organizar o torneio até a final'", disse.
"Ninguém poderia esperar tamanho nível de manifestações. Nossa maior preocupação era garantir o mais alto nível de segurança. Não para proteger a Fifa. Para proteger jogadores, torcedores, imprensa, e ter certeza de que o show iria continuar. Seria a pior coisa se tivéssemos de tomar a decisão de adiar a Copa das Confederações. Seria o pior para o Brasil, não só para a Fifa", afirmou.
E, ao ser questionado sobre as consequências de um eventual cancelamento da Copa das Confederações, Valcke admitiu que a interrupção do torneio ameaçaria a realização do Mundial. "Sim, tecnicamente, sim", respondeu, confirmando o risco de transferência da Copa para outro país.