"Ninguém tem a solução mágica, é um problema difícil, sobretudo o crack, que é um desafio muito grande, mas eu acho que, no Rio de Janeiro, a gente já saiu do impacto. Já existem experiências positivas ocorrendo, como em outros lugares do Brasil, então o debate é nesse sentido, de aprender uns com os outros para criar uma rede de relacionamentos de longo prazo, em que a gente pode estar se revendo, acompanhando os projetos feitos em cada cidade para evoluirmos", explicou.
A utilização da maconha para fins terapêuticos e as consequências das mudanças nas políticas de drogas internacionais também serão abordadas durante o fórum sobre drogas. Alguns países já adotaram novas estratégias de regulação da produção, venda e consumo de drogas. Para Rubem, esse movimento é crescente em vários países. Ainda de acordo com ele, está na hora de o Brasil ter coragem de inovar em relações ao tema.
"Deve haver um tipo de estratégia em que as pessoas dialogam com os dependentes de uma maneira razoável, ajudando a reduzir a sua dependência. Esse tipo de estratégia já é praticado em muitos lugares do mundo e no Brasil foi muito bem-sucedido em relação à Aids. Foi o melhor país que trabalhou o tema da redução de danos da Aids e está na hora de a gente ter coragem de novo, de inovar em relação às drogas", ressaltou.