Até as 17h, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e de defesa. Uma delas, o policial civil Ricardo Henriques, chegou a chorar quando prestava depoimento, alegando estar ameaçado de morte e sob forte pressão psicológica, pois é uma das principais testemunhas contra o grupo de policiais militares acusados pela morte da juíza.
Henriques depôs usando colete à prova de balas e apontou Benitez e seu grupo como responsáveis pelas ameaças de morte que vem recebendo, desde quando investigava as ações dos policiais militares. “Eu estou marcado para morrer por essa quadrilha. Estou marcado para morrer e vivo há dois anos sob efeito de remédios para me manter de pé”, disse.
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Justiça mantém PMs acusados da morte da juíza Patrícia Acioli presos em RondôniaJustiça anuncia datas de julgamento no caso da juíza Patrícia AcioliComeça julgamento do quinto policial acusado de matar a juíza Patrícia AcioliPM é condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato de juíza Patrícia AcioliCinco policiais militares já foram condenados pela morte da juíza, com penas que variam de 19 anos e seis meses a 26 anos de reclusão. Mais cinco PMs tiveram seus julgamentos marcados, incluindo o então comandante do 7º BPM, coronel Claudio Oliveira.
O crime
Patrícia Acioli foi executada em agosto de 2011, com 21 tiros, quando chegava na casa onde morava, no bairro de Piratininga, em Niterói. A morte da magistrada causou grande comoção nacional e fez com que fossem revistos os procedimentos de segurança de juízes e promotores em todo o país.