O levantamento faz parte de uma pesquisa maior, que ainda não está pronta, e pretende estimar as necessidades de financiamento da saúde pública e que avaliou também os custos das equipes de saúde bucal. Nesses casos, o valor médio fica entre R$ 6 mil R$ 7 mil, dependendo do tipo de equipe.
Os valores não levam em conta os encargos trabalhistas. Se eles ainda forem acrescentados, o custo de recursos humanos chega a R$ 24,4 mil para as equipes de saúde da família e entre R$ 7,9 mil e R$ 9,2 mil para Saúde Bucal.
De acordo com o levantamento do Ipea, a remuneração média dos médicos nas equipes do PSF seria de R$ 8,3 mil, ou em torno de R$ 56,60 por hora. A pesquisa não encontrou uma relação firme entre o tamanho e a população dos municípios e os salários oferecidos aos profissionais, mas o levantamento mostra que apenas 40% deles têm apenas um vínculo formal de trabalho - ou seja, a maioria trabalha em mais de um posto, o que eleva a remuneração.
A pesquisa calcula, ainda, os repasses federais para implantação e manutenção das equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal - lembrando que os custos são divididos entre União, Estados e municípios. O Ministério da Saúde repassa valores fixos mensais por equipe, entre R$ 9,6 mil e 6,4 mil para PSF, mais valor por habitantes pelo número de agentes comunitários de saúde. Além disso, é entregue uma parcela única para implantação da equipe e mais valores mensais por habitante para manutenção dos programas de atenção básica. No total, esses valores representam cerca de um terço - 33,75% - do custo de uma equipe de saúde da família, mas apenas entre 15% e 17% das equipes de saúde bucal.