Nove viaturas zero-quilômetro que haviam chegado na última terça-feira, 10, à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Rio, na zona norte da capital, ficaram inutilizadas após terem sido completamente cobertas pela água durante o temporal que atingiu a Região Metropolitana entre a noite daquele dia e a manhã seguinte. A água chegou a 2,2 metros de altura no pátio onde estavam estacionadas as novas viaturas (três Blazers com logotipo da PRF e seis Renault Fluences descaracterizados). Os veículos não foram sequer usados no policiamento das rodovias federais. Agentes da PRF no Rio haviam trazido as viaturas de São Paulo, no dia anterior.
O helicóptero da instituição escapou por pouco. “Para salvá-lo, o piloto teve de levantar voo mesmo naquele temporal”, disse o inspetor José Roberto de Lima, chefe da seção de Policiamento e Fiscalização. Cerca de 30 outras viaturas usadas, a maioria ainda em condições de funcionamento, também ficaram completamente submersas. A maioria delas estava abrigada numa garagem localizada atrás do prédio da Superintendência da PRF. No local também estavam 27 motocicletas Harley Davidson, ano 2007. Pelo menos dez viaturas Blazer da Força Nacional de Segurança que estavam paradas numa área ao lado da PRF também foram cobertas pela água. Tudo foi danificado pela enchente.
O serviço 191, telefone de emergência da PRF, está fora do ar em todo o Estado do Rio, porque a central de telefonia que fica na Superintendência também foi atingida pela água e está inoperante. Em média, a central recebe mil ligações por dia. Ainda não há previsão para restabelecimento do serviço.
O expediente administrativo na Superintendência só será retomado na semana que vem. Já nas delegacias da PRF nas rodovias federais que cortam o Estado, o funcionamento é normal. Serviços como recursos de multas ou emissão de Boletins de Registro de Acidentes de Trânsito (BRATs) devem ser feitos nas delegacias ou pelo site da PRF (www.prf.gov.br).
A Superintendência da PRF fica entre a Dutra (BR-116) e a Avenida Brasil, em Vigário Geral. No terreno também funciona a base da Força Nacional de Segurança e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado do Rio. Também não houve expediente administrativo nos dois órgãos.