O restaurante ficou completamente destruído - Foto: Rodolfo Costa/CB/DA Press
Um vazamento de gás em um restaurante da 409 Norte, em Brasília, deixou três pessoas feridas. O acidente ocorreu por volta de 7h deste domingo (15/12). O Corpo de Bombeiros foi acionado, resgatou as vítimas e isolou a área. Segundo o major Silva Neto, dois homens e uma mulher estavam passando em frente ao comércio na hora da explosão. O grupo sofreu escoriações devido aos estilhaços de vidro. As vítimas foram levadas ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

De acordo com os bombeiros, o botijão de gás estava na cozinha do estabelecimento. "Não sabemos por quanto tempo ocorreu o vazamento, só a perícia poderá dar mais detalhes sobre o caso. Mas no momento, a situação está controlada, retiramos o botijão do prédio e todas as medidas de segurança foram tomadas" afirmou Neto.

Apartamentos e comércios da quadra vizinha - 408 norte - também foram afetados, janelas e portas de aço ficaram completamente destruídas, possivelmente devido ao deslocamento de ar causado pela explosão. Cerca de 30 pessoas acompanham os trabalhos dos bombeiros durante esta manhã.

 

Comerciantes temem saque

Portas de aço dos comércios ficaram danificadas - Foto: Rodolfo Costa/CB/DA PressCom janelas e portas destruídas, comerciantes e moradores da 409 Norte temem uma onda de assaltos e saques. O edifício localizado no bloco M da quadra está com 54 janelas quebradas. Duas portas de vidro e quatro de aço também foram danificadas. O síndico Eduardo Cavalcanti conta que a sensação de insegurança preocupa a todos. "Já acionamos o seguro, mas o conserto só poderá ser feito amanhã. Providenciamos um segurança para passar a noite e evitar mais prejuízo aos condôminos. A principio, o condomínio vai arcar com os despesas, uma vez que o seguro só cobre itens relacionados a área comum do prédio", disse. Cavalcanti ressaltou ainda que os bombeiros alertaram os moradores dos apartamentos adjacentes sobre um possível risco de interdição.

O administrador de empresas, Divino Diogo Suzano, mora no local há 12 anos e pede providências ao poder público quanto a segurança na região."Fica o sentimento de insegurança, porque observo uma omissão do governo quanto a inspeção da área comercial que fica ao redor da minha residência, as lojas precisam passar por uma fiscalização rigorosa".

Ricardo Morais, 46 anos, possui uma loja no bloco comercial atingido pela explosão, ele não sabe ao certo qual o tamanho do prejuízo, mas já tomou todas as medidas para evitar mais perdas. "Vou contratar um segurança para garantir que eu não seja saqueado. As lojas estão desguarnecidas, sem portas e janelas" informou. O sargento Roberto, do 3º Batalhão da Polícia Militar, disse ao Correio que a equipe vai permanecer no local até o término da perícia realizada pela defesa Civil. Após a conclusão, uma viatura deve retornar ao local para fazer uma patrulha. No entanto, o policial afirmou que não garante que os militares permaneçam na quadra durante toda a madrugada.